terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A FLOR EM MEIO AOS ROCHEDOS



A flor em meio aos rochedos
Perdida em um penhasco…

 Assim é o amor
De uma mulher não correspondido,
Será solitário, mas não vazio,
Pois há o amanhecer,
O entardecer,
E o anoitecer.

 No amanhecer terá a brisa
Suave e a alva,
A primeira clareada do dia,
O nascente é só para ela
Que acorda pensativa...

 No entardecer terá o crepúsculo,
Terá para si as cores do azul do dia
E o escuro da noite e o som dos pássaros…

 No anoitecer terá a lua,
As estrelas e a certeza
De que amanhã será um novo dia.

 A flor em meio aos rochedos
Perdida em um penhasco…

 Assim é o amor
De uma mulher não correspondido,
Será solitário, mas não vazio.

 By
Lucy Coelho





domingo, 7 de dezembro de 2014

É para toda vida...








Como em uma noite mágica,
Com uma suave brisa,
Acaricia-me,
A lua e as incontáveis estrelas
Em segredo nos contemplam,
São as nossas testemunhas 
Dos sussurros confessados e
Dos nossos segredos revelados.

Perco-me em teus beijos
E nos teus anseios dos meus abraços,
É para ti um laço,
Ah, amado meu
Estas preso a mim!

Simplesmente me enlouqueço
E te roubo o juízo,
Porque eu quero tudo outra vez!

A Lua me inveja,
Tão bela e tão solitária
É testemunha de tantos amores,
Dos amores consumados,
Dos não revelados
E dos amores impossíveis...

Queria a Lua não ser eterna,
Mas por uma vida ter
Um amor igual ao meu,
Que não é eterno,
Mas é para toda uma vida,
Um amor de  noites mágicas
E de suaves brisas.


Lucy Coelho









sábado, 6 de dezembro de 2014

Mar em chamas



O teu olhar
é flecha de cupido
inflamada com o puro fogo da paixão,
que me atingiu em cheio

no alvo certo da sedução!

Teu corpo é mar
de ondas calmas,
mas que em tuas mais profundas águas
guarda segredos...

E eu, sem medo, 
nele me jogo e, por inteiro, 
me molho, me arrepio...

Ah, mar bravio,
ao teu seduzir me rendo!
Quero me afogar em ti,
morrer de amor,
e continuar vivendo,

MAR EM CHAMAS 

De: Lucy Coelho e Roberta H. Suzigan


sábado, 15 de novembro de 2014

Você tem horas?



Você tem horas?

Perco as horas
Quando estou contigo,
Não sinto o tempo passar.

Como se não tivesse compromisso,
Me arrisco a ficar mais um tempo...

Coloque o celular para despertar,
Mas, o atrase em meia hora,
Que me esperem,
Pois não quero perder
Um segundo sem você...

Quando estou te esperando,
Eu juro que o relógio se atrasa,
As horas não passam...

Quando estou contigo,
Chego atrasada nos compromissos,
O relógio se adianta,
Só para me deixar sem graça.
Todos já sabem que passo
O meu tempo com você...

O tempo deveria ser
Mais generoso com amor,
Deveria um momento durar
Para sempre,
Aquele tão especial
Que parece que nunca terminará,
Por ser uma felicidade plena!

Meu grande momento é você
E seja eu o seu maior prazer
De todas as horas,
Porque de hora em hora
Como agora,
Estou contando as horas para poder ter ver.

Eu te quero toda hora,
Então invento
Uma história para você
Ficar um tempo a mais comigo.,,

Tem horas que acho
Que te amo por demais,
E sou até capaz
De passar todo meu tempo contigo...

By Lucy Coelho





sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O básico para o coração




Como se fosse possível, 
Separar sentimentos por sessões,
 Transformá-los em mercadorias 
E comprar o básico para o coração.

Os produtos de primeira necessidade, eu faria estoque:
 Amor, carinho, compaixão, perdão, gratidão, paz e amizade.

 Mas mesmo sem querer teria que levar o perecível 
 Juntamente com o não perecível,
 Pois querendo ou não certos sentimentos que nos faz perecer,
 Faz parte do coração...


Lucy



sábado, 8 de novembro de 2014

Em silêncio....



Em silêncio ouço a tua voz,

Não me digas nada, só sinta o meu coração bater.

 

Meu coração

É um oceano

Cheio de poesias

E nem ao menos sei nadar,

Estou me afogando de tanto amor.

 

Em silêncio ouço a tua voz,

Não me digas nada, só sinta o meu coração bater.

 

Meu coração 

É um oásis

Em meio ao deserto,

Sinto-me perdida,

Para todas as direções que olho

Não sei que rumo tomar,

Estou perdida por você.

 

Lucy Coelho








O amor é abstrato






O amor é abstrato,
Mas o que sinto é concreto.

Não pode ser abstrato o que me preenche,
Sinto-me tão cheia de amor!

É concreto, ainda que eu não possa tocar,
Pois ainda que eu não toque, 
Sinto!
Logo para mim existe.

É tão concreto o que sinto,
Ainda que o amor seja abstrato.


Lucy Coelho


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

VELHAS CARTAS




Quem têm guardadas?

Guardo velhas cartas
De um amor
Amareladas do tempo,
Em uma caixa de sapato,
São passagens nostálgicas
De curtas viagens ao passado.



Lucy Coelho





segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Estou em paz




Já surgiram sentimentos em mim
Sem nenhuma definição
Alguns eu controlei
E outros me tiraram o controle...

Já tive sentimentos de paz
Como agora
E já entrei em guerra comigo mesma...

Já errei tentando acertar
E já acertei pensando 
Que era um erro...

Às vezes eu sou direcionada
E acerto o caminho
Às vezes erro 
Por falta de atenção...

Mas sei que em todos os casos
De alguma forma 
Tudo contribui para o meu bem.
Estou em paz...


Lucy Coelho


sábado, 4 de outubro de 2014

Sou flor Sou pedra - ficção


Sou ma flor
Sou uma pedra

Sou uma flor perdida em um vale,
Sou um diamante no seu estado bruto,
Me colhe e  me lapida,
Me tire do vale,
Me faz sua joia.

Não deixa a flor do vale
Morrer de sede,
De sede de você.
Não deixa a pedra perdida,
A pedra perdida,
Perdida por você.
Lucy Coelho

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Amada do Papai


Amada princesa
Que sonhas com um príncipe,
Não sabes tu
Que algumas princesas
Beijaram sapos,
Enfrentaram feras
E se entregaram para ladrões?


Vá orar para DEUS te preparar
Um amor de um homem de valor,
Não sonhe com o rico e o belo...


Para as riquezas, terás tu,
Oh auxiliadora!
Para beleza terás
O olhar do teu coração...


Deus já o tem preparado,
Ele já sonha contigo,
Linda princesa do Papai,
Na vida dele, tu serás rainha.


Lucy
Amada do Papai 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

MENINAS DA SENZALA




MENINAS DA SENZALA

Um dia aprendi na escola
Que os escravos eram presos
Em senzalas, que lembram um grande alojamento,
Mas sem o conforto das camas quentinhas
E dos lençóis branquinhos,
Sem ao menos, com uma vaga sombra de um lar.

Chão frio e dolorosos correntes,
Com muita crueldade,
 Aprisionavam os pés e as mentes.

 Duas meninas,
De uma grande família de seis irmãos,
Que viveram na roça.
Viveram da terra
E também tiveram a sua história...

 Parece um conto.
Mas não vou aumentar nenhum ponto,
Dessa história que não foi contada...

No tal do grande pombal negro
No meado dos anos 30
Viveu uma grande família
Em uma senzala fria...

Era uma família
Escrava da pobreza,
O pai morreu
E a pequena Maria
Só sabia que, era  muito jovem.
E de uma doença
Simplesmente se foi...
Sem fotos, as lembranças
Da mente sumiram...
O pai não tinha mais rosto
Mas o caixão estava lá no coração,
No pensamento, no sentimento, sem razão...


Trabalhavam na roça,
Cortavam cana,
O dia mal surgia,
A noite mal chegava,
A fome não tinha hora,
Mas o trabalho era toda hora...

As duas meninas
Subiam em caixotes,
Para lavar a louça,
Em meios as correntes,
Que um dia
Prenderam gente
Como a gente...

No interior do Rio,
Em Campos de Goytacazes
Quem diria,
Viveu uma grande família,
Entre a pobreza e a tristeza,
Isso não é segredo,
Em um pombal negro...


Mãos que foram tão pequenas,
Cortavam canas...
Edite lembrou-se:
Um dia a maiorzinha se cortou
No arame farpado,
E escondeu fechando a mãozinha,
Por isso os dedinhos se deformaram,
Pois só voltou abrir
Quando sarou...
Mesmo não sendo escrava,
Ela não sabia
Que era livre,
Porque atoa apanhava...
Pobre Maria!


Toda infância
Existem boas lembranças,
Afinal toda criança
Sabe brincar...
Boneca de espiga de milho
Banho de rio...
Hoje, bem velhinha a menorzinha,
Edite ainda têm guardado em seu rosto
O sorriso da menina...
Lembra-se da grande trança
Que a mãe tinha,
Mas o que ela mais sente falta
É da irmã maiorzinha,
A eterna amada Maria...

Lucy Coelho








domingo, 14 de setembro de 2014

Raio de sol



Raio de Sol


Vem raio de sol

Entre no meu quarto

Pra valer

Venha afastar

Toda escuridão

Que a noite trouxe


Vem raio de sol

Não tenha medo

Se começar uma tempestade

Um arco-íris

Vai surgir

E o sol brilha

Sobre as gotas da chuva

 

Vem raio de sol

Preciso do seu brilho

No meu olhar

Vem clarear

Um pouco mais

O mel dos meus olhos


Vem raio do sol

Aquece a minha pele

Doure minhas bochechas

Ilumine um pouco mais

As luzes dos meus cabelos


Vem raio de sol

Ser a luz e meu guia

Da minha alegria

Hoje acordei

Feliz com a vida


Vem raio de sol

Ver o meu sorrido doce

É todinho só seu

Pode iluminar

Um pouco mais.


Lucy Coelho

(direitos reservados)










Assucena




Assucena

Quando eu era criança

Não sabia escrever

Desenhava os meus contos...

E desenhei duas meninas

Que se amavam como irmãs,

Uma daria a vida pela outra,

Pois mais do que isso,

Eram órfãs e viviam em um orfanato,

Os seus sonhos eram compartilhados,

O desejo de ter pais.

Assucena e Vitória

Brincavam no jardim,

Onde desenhei flores azuis, amarelas e vermelhas,

Estavam felizes com suas bonecas de pano.

Então a diretora do orfanato chamou Assucena,

Finalmente o sonho realizado, 

Assucena ia ser adotada,

Pais ricos, sem filhos.

O casal se encantou

Com o vermelho dos seus cabelos 

Que pintei com a caneta,

Assucena era ruiva com sardas.

Vitória chorou,

Como iria viver sem a sua irmã?

Assucena disse que não ia embora,

Convenceu a diretora que iria ficar,

Por amor a sua amiga.

Assucena um dia procura a Vitória

E não a encontrou,

 Procurou a diretora do orfanato,

Então ela contou que a Vitória

 Pediu que a indicasse,

Para ser adotada,

Já que ela não queria ser, mas pediu para ir

Embora bem cedinho, para não vê-la chorar.

Eu desenhei um balanço para Assucena,

Mas ela não quis se balançar,

Desenhei uma cama feita de nuvens,

Mas ela não quis dormir,

Pintei um arco-íris, um pônei,

Enfeitei mais o jardim,

Mas ela só permaneceu sentada,

Na escada da entrada do orfanato,

Sem dizer nada.

Então eu desenhei um casal,

Desenhei seis crianças,

Filhos e filhas desse casal,

Amaram a Assucena,

Assucena amou aquela enorme família. 

E levaram a Assucena para uma aventura,

Eles foram fazer um safári.

Desenhei leões, elefantes, girafas bem fofinhas

E é claro uma máquina fotográfica para Assucena,

Porque ela teria muitas aventuras para registrar.

 Lucy Coelho 

(Direitos reservados)








A cor mais forte da palheta


A cor mais forte da palheta.
Um dia o criador
Estava inspirado,
Quis fazer a obra mais linda,
Com a cor mais forte da palheta,
Porque disse:
Ele vai ser forte! :)

E um dos quadros pintado
Com cores claras e brilhantes,
A claridade e o brilho
Tornaram-se sombras frias,
Porque deixou a inveja entrar.

E indagou o criador:
Por que deu para ele a cor mais forte da palheta? :(

E o seu criador respondeu:
Porque eu sabia que essa obra
Teria que ser forte,
Porque haveria um tempo
Que obras minhas
Que foram feitas
Com amor,
Encher-se-iam de sobras frias
As quais não usei
E o perseguiriam,
Invadiriam sua terra,
E caçariam seus filhos, reis, príncipes e princesas,
Obras livres,
Amáveis com seus,
Da terra-mãe.

Colocariam em navios chamados negreiros
E os que sobrevivessem,
Seriam vendidos,
Caluniados,
Chicoteados
Presos e mortos.
Sofreriam como um dia o meu único filho
Sofrerá,
Por isso eu fiz essa obra com a cor mais forte da palheta.

E não foi pela cor que a pintei,
Que os seus serão perseguidos, caçados, torturados e mortos,
Mas por causa do meu amor
Que tive por essa obra,
Faram também com meu filho
E com todos que amarem o seu nome.

Mas eu fiz essa obra com cor mais forte da palheta,
Sobreviveram, multiplicaram,
E serão grandes na terra

Lucy Coelho

(direitos reservados)




sábado, 13 de setembro de 2014

Procuro meu lugar



Até o momento

Procuro meu lugar,

Não precisa ser ao sol,

A sombra de uma boa árvore

Já estaria muito bom.

Lucy Coelho




Quando se apaga a luz

Quando as luzes se apagam


....
Espero que nunca se sinta só,
Quando te revelar
Esse segredo...


No caminho da vida,
Deus te fez uma sombra de companhia,
Quando você nasceu
Ela veio contigo...


Quando as luzes se apagam
E tudo fica escuro,
Ela simplesmente te abraça,
Por medo de você fugir
E ela ficar só...


Lucy Coelho